terça-feira, 22 de setembro de 2015

Itaituba: Homem de 35 anos executado a tiros na rodovia Transamazônica

A vítima tombou abatida com cinco tiros
O crime ocorreu por volta das 19h30 da última segunda-feira (21) em um trecho de pouca iluminação da rodovia Transamazônica, em frente a uma antiga madeireira, bairro da Paz. Dilvan da Silva Pimentel, que já tinha várias passagens pelos registros policiais por diversos crimes, não teve chance de defesa. Testemunhas informaram que Dilvan conversava calmamente com dois homens que estavam em uma moto, quando foi surpreendido. Um dos desconhecidos sacou de uma arma e disparou à queima roupa por três vezes. A vítima tentou correr, mas foi alvejada nas costas e recebeu mais dois projéteis na cabeça, vindo a morrer instantâneamente. A guarnição do sargento Darlison, da PM, foi acionada para preservar o local do crime e iniciar a investigação.
Dilvan se tornou vítima de si mesmo ao se envolver com drogas
Dilvan da Silva Pimentel tinha 35 anos; era mais conhecido por "Latinha", e, segundo a família, há algum tempo, estava envolvido com o consumo de drogas. Essa informação foi confirmada pela polícia quando, na mão esquerda da vítima, foi encontrado um maço de cigarros contendo alguns papelotes de material que aparenta ser entorpecente. Esse fato encaminha para a suspeita de execução relacionada ao tráfico.
Peritos do IML, sob a coordenação da perita criminal Stael Silva, fizeram a remoção do corpo para procedimento de necropsia

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MPPA e MPF recomendam suspensão de licenciamentos para instalação de portos em Itaituba

Porto da empresa Bunge, primeira estação a entrar em atividade
na zona portuária de Miritituba (Foto: Sérgio Castro/O Estadão)
O Ministério Público emitiu recomendação conjunta à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (SEMAS), relacionada à concessão de licenças prévias de instalação e operação dos terminais portuários previstos para o distrito de Miritituba, município de Itaituba, nas margens do rio Tapajós. Veja AQUI mapa da região. O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Pará (MPPA) recomendam a suspensão das licenças já concedidas, diante da ausência de apresentação e aprovação da Avaliação Ambiental Integrada (AAI) e Estratégica (AAE). As avaliações são os instrumentos adequados para informar os impactos cumulativos decorrentes dos empreendimentos, que devem afetar ambiental e socialmente a bacia do Tapajós. Estão em fase de licenciamento nove estações de transbordos e cargas em Miritituba, com utilização da hidrovia do Tapajós por empresas de transportes. Também há previsão de implantação de projetos de mineração no distrito e imediações, e construção de usinas hidrelétricas na bacia do Tapajós. As ações são parte do Plano de Mineração do Estado do Pará 2014-2030, da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM), atual Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (SEDEME). Ausência de estudos integrados O MPF e MPPA consideram que os licenciamentos estão sendo efetivados de forma individualizada, com omissão ou registro superficial da relação dos projetos de estação de transbordo e terminais de grãos em Miritituba, com o conjunto de obras ao qual estão interligados, previstas no Plano Estadual de Mineração. Tal postura “desconsidera as consequências trazidas à Bacia Hidrográfica do Tapajós (meio natural), que suportará todo o desenvolvimento simultâneo dos empreendimentos”, alerta o MP. Até esta data, informa a recomendação, os empreendedores que atuam ou pretendem atuar de instalação de terminais portuários na bacia do Rio Tapajós não apresentaram os estudos de Avaliação Ambiental Integrada e Estratégica até ao Ministério Público. Também não foram elaboradas ações para o Plano Diretor, com avaliação dos problemas de engenharia de tráfego para acessibilidade, tanto rodoviária quanto hidroviária, à zona portuária; transmissão energética; segurança pública; saneamento; saúde; educação; gestão de risco; profissionalização da mão-de-obra local para conter a migração; coleta de lixo e abastecimento de água, problemas que surgirão com a instalação dos empreendimentos.
O MP recomenda a Semas que se abstenha de conceder licenças prévias, de instalação e operação para empresas ou consórcios que atuam ou pretendem atuar nas atividades dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo e Terminais de Grãos no distrito de Miritituba, e que suspenda as licenças já concedidas para as que já se encontram em operação. No prazo de 30 dias a partir do recebimento, o Estado deve se manifestar acerca do acatamento, ou não, dos termos da recomendação. Estudos necessários e adequados A Politica Nacional do Meio Ambiente prevê a “Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)” para identificar, interpretar e prevenir as consequências de empreendimento específico. Diante da necessidade de análise mais ampla, surgiram os instrumentos para análise de empreendimentos diversos localizados na mesma região- a Avaliação Ambiental Integrada (AAI) e a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE). O MP considera que a Avaliação Ambiental Integrada é o instrumento mais adequado para subsidiar a decisão estratégica ambiental na bacia do Tapajós, já que uma de suas finalidades é justamente identificar diretrizes ambientais para a concepção de novos projetos de utilização dos recursos hídricos, visando alcançar o desenvolvimento sustentável. A recomendação adverte que a partir do conhecimento dos motivos e providências a serem tomadas pela secretaria ambiental, identificados no documento, a violação dos dispositivos legais implicará na adoção de todas as providências judiciais cabíveis, em sua máxima extensão. Por: Lila Bemerguy, de Santarém (Infográfico: Valor Econômico)

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Conheça as caboclas Borari que serão seduzidas pelos Botos no Sairé

Daniela e Eliane, fruto da terra em defesa da cultura Borari
(Fotos: Reprodução TV Tapajós)
Eliane e Daniela serão responsáveis por um dos principais itens. Uma já é veterana, e a outra irá representar a cabocla pela primeira vez >>> A rotina de uma cabocla Borari inclui os costumes locais, apreciação das músicas, danças e comidas da região, e apreciação da natureza. Essa rotina também é parte da preparação para o ritual de sedução durante o Festival dos Botos no Sairé.
E a partir de agora, essa responsabilidade é dobrada, pois, além de a cabocla ser um dos itens que concorrem no festival, a sedução também passa a fazer parte dos quesitos que os jurados vão avaliar para atribuir notas às agremiações Tucuxi e Cor de Rosa.
O G1 foi conhecer as duas jovens que irão representar um dos principais itens da disputa. Ambas naturais de Santarém. Uma já é veterana e ganhou quatro títulos como cabocla. A outra, já experiente no Sairé, mas que pela primeira vez vai encenar a lenda da sedução junto com o boto. São esses casais que dão vida a uma das lendas mais famosas da Amazônia: o boto que se transforma em homem e seduz a cabocla no meio da noite.
Eliane defende as cores e a raça do Boto Cor de Rosa (TV Tapajós)
Eliane Coelho, 29 anos, começou como rainha do artesanato, mas sentia vontade mesmo era de estar em maior destaque. Com o tempo, foi ganhando mais espaço, até conseguir representar a cabocla borari do Boto Cor de Rosa.
O início foi em 2001. O sonho de ser rainha do artesanato se concretizou quando ainda era adolescente. Por sete anos, ela defendeu este item com muito sucesso, vencendo cinco vezes o Festival dos Botos. Em 2008, foi convidada a ser a Cabocla Borari, encenando a lenda da sedução. De lá para cá, venceu quatro vezes o festival com o Cor de Rosa.
Segundo ela, a preparação é feita no dia a dia de uma moradora de Alter do Chão, dançando o ritmo regional carimbó, apreciando a natureza amazônica e as comidas regionais.
Represento o que eu sou, uma autêntica cabocla que gosta de admirar as belezas de seu lugar, o por do sol, um bom tacacá, pato no tucupi, e gosta mesmo de apreciar o balé do boto rosa na Ponta do Cururu"
Eliane Coelho
“Represento o que eu sou, uma autêntica cabocla que gosta de admirar as belezas de seu lugar, o por do sol, as praias encantadoras, que gosta de um bom tacacá, pato no tucupi, suco de cupuaçu e gosta mesmo de apreciar o balé do boto rosa na Ponta do Cururu”, afirma.
Para o dia da apresentação, ela se mostra otimista. “Estamos confiantes com os nossos itens e artistas. Os trabalhos já estão bastantes adiantados, estamos trabalhando com os melhores profissionais e, se Deus permitir, é Cor de Rosa campeão 2015”.
Daniela Tapajós expõe sua sensualidade no Lago dos Botos pela primeira vez  (TV Tapajós)

Do outro lado, Daniela Tapajós, de 20 anos, é a cabocla borari do Boto Tucuxi pela primeira vez, e logo na despedida dela, que já disputou por dois anos seguidos como rainha do artesanato. Antes disso, foi carimboleira e rainha do Lago Verde. Agora, completa cinco anos no boto cinza, tendo conquistado pelo menos três títulos.
Natural de Santarém, Dani mora atualmente em Parintins (AM), onde participa do Festival dos Bois e é porta-estandarte do Boi Garantido. Ela é enfática em se definir como cabocla amazônica. “Me defino cabocla, mas tem todo um porquê. Ser natural da terra, carregar o nome muito forte que é Tapajós, ter toda essa maravilha que Santarém proporciona para a gente em Alter do Chão, um lugar maravilhoso. Tenho orgulho em dizer que sou daqui, que sou uma cabocla mocoronga, que danço carimbó", Daniela Tapajós
A escolha como cabocla é uma homenagem a ela, que vai se dedicar a partir de agora somente ao Festival dos Bois. "Foram até a presidência do Boi e fizeram o convite para a minha despedida. Eu aceitei e eles (Boi Garantido) aceitaram também. A gente conversou e disseram assim: 'Dani, por quê não se despedir como cabocla borari do Boto? É um grande sonho nosso te colocar.' Aceitei", revela.
Para a despedida do Tucuxi, ela promete fazer bonito. “Prometo conquistar a galera como sempre, brincar. Não vou dançar só para jurados, mas para a minha galera. Tem toda uma cênica, apresentação, vai ser muito lindo. O Tucuxi está com um projeto lindo e inovador, jamais visto, uma coisa grandiosa”, destaca. A disputa dos botos será no sábado (19), no Sairódromo de Alter do Chão. A apuração dos votos será na segunda-feira (21).

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Itaituba: Chapeiro é encontrado morto em apartamento na 13 de Maio

Arinelson estava desaparecido há alguns dias

Arinelson Ramos da Silva, 38, foi encontrado morto no apartamento onde morava em um prédio localizado na esquina da travessa 13 de Maio com a 3ª Rua, barro Bela Vista. Conheido por "Secreta", Arinelson trabalhava como chapeiro em um quiosque localizado na orla de Itaituba. Segundo pessoas que moram às proximidades do prédio onde ele morava, há alguns dias "Secreta" não era visto, o que foi considerado estranho, já que costumeiramente o rapaz passava, indo ou voltando do trabalho.
Segundo o empresário Antônio "Alemão", proprietário do prédio, ele foi informado, no início desta manhã de segunda-feira (14), de que um forte mau cheiro invadia aquela área. De imediato, "Alemão" subiu à área de apartamentos e sentiu o mau cheiro mais forte ainda, percebendo que a origem seria exatamente o último apartamento. "Quando percebemos isso, eu chamei as autoridades (PM) e um chaveiro pra abrir a porta. Infelizmente, quando o apartamento foi aberto, já foi encontrado o rapaz morto. E o cheiro estava muito forte", resumiu Antônio "Alemão".
Os policiais militares acionaram policiais civis, que foram ao local constatar o fato. A equipe da PC, desta feita, acionou os peritos do IML para que fosse feita a remoção do cadáver. Porém, em vista do mau cheiro estar insuportável, foi acionado um caminhão do Corpo de Bombeiros, para fazer a retirada do corpo pela 13 de Maio. O cadáver de Arinelson foi encaminhado para procedimento de necropsia e constatação de causa mortis. Posteriormente, será liberado para sepultamento.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Itaituba: Campo Verde e Miritituba denunciam abandono interditam BR-163

Faixas expressam revolta dos manifestantes
Troncos são utilizados para interditar a rodovia
MANIFESTANTES INTERDITAM A RODOVIA BR-163 NO DISTRITO DE CAMPO VERDE. ELES MANIFESTAM REVOLTA PELO QUE CHAMAM DE ABANDONO POR PARTE DO GOVERNO, E JÁ APRESENTARAM UMA EXTENSA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES >>> Na sede do distrito de Campo Verde, a 30 quilômetros de Miritituba, o que se vê é uma comunidade em estado de abandono. O comércio está fechado, e o pouco movimento é das carretas que passam em direção aos terminais de transbordo de carga. A poeira invade as casas e estabelecimentos comerciais, e a revolta tomou conta da população. Foi por causa disso que as lideranças se uniram para cumprir uma ameaça que fizeram há mais de um mês. Nesta madrugada, um trecho da rodovia BR-163, localizado a dois quilômetros do centro da vila, foi interditado. Ao deflagrar o movimento de protesto, os manifestantes queimaram pneus e usaram toras de madeira para impedir a passagem de qualquer veículo.
Jurandir Alves, integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), diz que, em uma primeira manifestação, foi dado prazo de dez dias ao DNIT, para que fosse iniciada a tomada de providências em relação à infra-estrutura das rodovias BR-163 e Transamazônica, nos distritos de Campo Verde e Miritituba. Não houve resposta, e a interdição foi anunciada cerca de vinte dias atrás, como forma de um novo prazo para o governo, para que, pelo menos, fosse manifestado o desejo de negociar a pauta de reivindicações.
Gessy Gerlack, empresária do distrito de Campo Verde, diz que a situação chegou a um nível de insustentabilidade que “ninguém mais quer ouvir promessas do governo, já foram dados prazos, e agora não há mais como simplesmente um telefonema resolver a questão. Todos estão dispostos a se manterem unidos, manifestando sua revolta, mas de forma pacífica, até que seja dada alguma solução”.
Filas quilométricas se estendem pela rodovia
Com menos de seis horas de protesto, os efeitos já começam a surgir. A fila de carretas já passa de doze quilômetros nos dois lados da rodovia. “Mas isso já estava previsto.Ao tomarmos a decisão, ainda no início de agosto, lembráramos as compensações que foram anunciadas quando começaram os investimentos em portos no distrito de Miritituba e por conta dos projetos de construção de hidrelétricas no rio Tapajós. Tudo não passou de promessa até o momento, e as comunidades localizadas ao longo da rodovia e na zona de influência estão vendo o tal progresso passar por sua porta, mas não vêem nenhum benefício econômico ou social”, destaca Fred Vieira, que integra o Movimento
dos Atingidos por Barragens.
Acampamento abriga manifestantes
“Até mesmo os mais de três mil empregos anunciados não passaram de quinhentos. A pauta de reivindicações é extensa e expõe necessidades nas áreas da segurança pública, energia elétrica, educação, saúde, infraestrutura e saneamento. Não abrimos mão das nossas reivindicações, e queremos providências imediatas. Estamos preparados, com água e alimento, e prontos para permanecer aqui pelo tempo que for necessário”, diz a sub-prefeita de Campo Verde, Zenaide Rodrigues. Os manifestantes dizem, ainda, que o governo não pode alegar que não sabia do movimento, e não estão limitados a exigir providências do governo federal, mas também do Estado e do município.
Por: Mauro Torres com fotos de Arlyson Sousa

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Dom Wilmar Santim vai presidir à peregrinação internacional a Fátima (PT)

Dom Wilmar Santin
O bispo Dom Wilmar Santin, da Prelazia do município paraense de Itaituba, no Norte do Brasil, vai presidir à peregrinação internacional de setembro ao Santuário de Fátima, que tem como tema ‘Felizes os convidados para a Ceia do Senhor”, nos próximos dias 12 e 13.
“Que se deixem tocar pela graça de Deus, se deixem penetrar pela mensagem de Fátima, principalmente o convite à conversão e à oração”, é a mensagem que D. Wilmar Santin vai transmitir aos peregrinos, disse em entrevista à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima (SISF).
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a SISF informa que prelado brasileiro pretende que as celebrações criem um “entusiasmo tal” que os peregrinos regressem a suas casas com o “desejo de imitar Maria na escuta e vivência da Palavra de Deus”.
“Que as celebrações sejam momentos de reabastecimento na fé, de conversão e estímulo à oração”, reforçou o bispo de Itaituba, no Estado do Pará.
D. Wilmar Santin salientou a atualidade da Mensagem de Fátima hoje, sobretudo “o apelo à oração e à conversão” que contextualizou com a realidade do Brasil a passar por “momentos difíceis” com “denúncias de corrupção, aumento da violência, do consumo de drogas”.
Para o bispo carmelita “o pior” é o “preocupante aumento do ateísmo ou indiferentismo religioso” e acrescenta que a Mensagem de Fátima “convida a confiar na promessa” de Jesus: “No mundo tereis aflições, mas tende confiança! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33). D. Wilmar Santin revelou ainda que desde 1983 já visitou “Fátima várias vezes” e todas foram uma “bela experiência de fé”, sendo esta a primeira peregrinação como bispo.
(Agencia Eclesia – Portugal)