terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rio Tapajós está com nível em 35 cm acima do registrado em 2011

Defesa civil alerta para o risco de enchentes nesta temporada de chuvas. O nível das águas do rio tapajós está bem acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Janeiro de 2011 e o nível das águas do rio Tapajós está relativamente normal, em comparação com 2010, mas a enchente não deu folga para a Defesa Civil Municipal, que registrou mais de 600 famílias desalojadas. Foi necessário criar uma estratégia emergencial de auxílio às famílias, que tiveram muitos prejuízos. “A cidade não estava preparada para o desastre natural, que já era previsto, mas não com tamanha intensidade. Para 2012, a situação pode ser bem pior”, segundo adianta Pedro Dias, coordenador da Defesa Civil.
Na frente da cidade, se tem a visão mais adequada para medir a olho nu o ritmo de crescimento do nível das águas do Tapajós. A régua é o mecanismo técnico, que serve como base para o levantamento diário, que é feito pela Defesa Civil. É onde se tem uma idéia de como as águas estão bem acima do que era previsto. Segundo Pedro Dias, o nível do rio Tapajós considerado crítico é de 8,3 metros de profundidade próximo ao extremo do terminal Hidroviário. Na manhã de terça-feira (31), a régua apontada 8,1 metros de profundidade, bem acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado.
Entre o momento em que estivemos no terminal Hidroviário e a conversa com o coordenador da Defesa Civil, não se passaram duas horas, e o rio, de repente, subiu mais dez centímetros. Com a ameaça de a cidade entrar em estado de emergência, Pedro Dias lembra que o governo do Estado, por várias vezes, foi convocado a contribuir para auxiliar famílias afetadas pela enchente, mas a ajuda, normalmente, só vem depois que o problema já existe.
“Infelizmente, é assim que acontece. Mas nós já estamos fazendo alerta à população, principalmente quem mora nos pontos críticos. Se as famílias nesta condição puderem já ir adiantando a transferência de móveis para outros locais, façam isso. Também alertamos para o risco de uma chuva mais intensa e a presença de equipamentos elétricos ligados dentro de casa. Precisamos trabalhar em conjunto para evitar maiores conseqüências”, finaliza Pedro Dias.