quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Meu amigo JR Martins

JR Martins é um sujeito pra lá de pitoresco. E eu não estou exagerando. Ele é, de fato, muito interessante. Martins é um tipo de repórter fotográfico, fotógrafo de sociedade, de tudo um pouco, aliás. Lembro-me bem de alguns episódios bem engraçados envolvendo o personagem JR Martins. Em muitas situações, ele, sempre sorridente, consegue se sair sem maiores transtornos e tudo acaba bem. Em outras, ele encontra um jeito de deixar alguém na corda bamba e sai de fininho.

Aconteceu em 2004, quando o então vice-governador Hildegardo Nunes se lançou candidato ao governo do Pará. Eu trabalhava como repórter de rua para a extinta ‘Província do Tapajós’, que, em seguida, passou a ser ‘O Estado do Tapajós’, sob a direção do jornalista Miguel Oliveira, diga-se de passagem, um bom sujeito, bom profissional, mas que, infelizmente, com quem notei uma incrível incompatibilidade sanguínea e de gênio. Mas nada contra. O Miguel é gente fina! Vamos ao JR Martins...

Em certa ocasião, havia uma reunião política com Hildegardo Nunes e correligionários do seu partido no Iate Clube de Santarém. Fui convocado pelo Oliveira a fazer a cobertura. O Martins seria o meu fotógrafo. “Já mandei o Martins pra lá, Mauro. Tu não esquece, o entrevistado é o Hildegardo Nunes”, disse o Miguel. “Sem problema”, respondi e me mandei pro Iate.

Cheguei ao Iate Clube, falei com alguns conhecidos, jornalistas, políticos, empresários; havia a presença de vereadores de vários partidos, amigos, simpatizantes, correligionários e membros do mesmo partido de Hildegardo, enfim, muita gente... Menos o Hildegardo! Lá pelas tantas, já com quase meia hora esperando, recebi um telefonema do Miguel Oliveira.

- E aí, Mauro, cadê a matéria? Cadê a entrevista com o Hildegardo?
- Pô, Miguel, o Hildegardo ainda não chegou aqui, chegado. Tá todo mundo ansioso, esperando. Neste ponto, Miguel, que é meio estourado, reagiu: “Como não, rapaz? O Martins fez várias fotos dele. Já estão, inclusive, no computador”.

Fiquei meio confuso. Não entendi nada. “Que é isso, Miguel? Eu não saí do Iate Clube. Até agora, estou aqui, sentado, esperando pelo cara. Todo mundo está. Ele não chegou, eu te garanto”, disse eu ao Miguel, que já estava furioso e me chamou de volta à redação.

Chegando lá, percebi o que havia acontecido. O nosso querido JR Martins encheu o card da fotográfica dele com imagens da politicada presente e fotos cheias de pose do vereador Toninho Machado, sobrinho do prefeito de Itaituba, Wirland Freire (já falecido). Toninho, naquele tempo, era simplesmente idêntico ao Hildegardo Nunes. Faz tempo que não o vejo... como também não vejo JR Martins.
Eis o desfecho...! Entre estar puto da vida com o Martins e achar o episódio engraçado, não sei que decisão tomei. Só sei que caí na gargalhada e me limitei a dizer: “Pô, mas esse Martins é de outro mundo”...

Em relação ao embate entre as redes Record e Globo, em que muitos fiéis e pessoas de análise mais aprofundada defendem que a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) é tomada como bode expiatório, tive acesso ao texto a seguir...

Ele foi enviado ao bispo Edir Macedo pelo internauta David de Paula, um pregador evangélico que está fazendo muito sucesso e arrebanhando seguidores, especialmente na Amazônia.

Tire suas conclusões...


E-mail enviado pelo internauta David de Paula
18 de agosto de 2009

Bispo Macedo,
Eu tinha mesmo razão.O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a instituição máxima do Poder Judiciário brasileiro, declarou ao jornal “O Estado de S. Paulo” que o Ministério Público (MP) serviu ao PSDB durante o Governo Fernando Henrique. E hoje, em alguns estados, “para os promotores ficarem ruins, teriam que melhorar muito”.
Depois de o programa “Repórter Record” mostrar, domingo, o envolvimento dos promotores com a Rede Globo e provar que a denúncia caiu justamente na Vara Criminal onde está uma pessoa intimamente ligada ao principal autor das acusações contra a IURD, gostaria de sugerir algumas teses:
Tese 1Pelo que tenho acompanhado nos noticiários, principalmente na Globo, as investigações contra a Igreja Universal começaram em março de 2007 e poderiam muito bem ser encerradas naquele mesmo ano, já que as acusações são as mesmas arquivadas no passado pelo STF. Por que, então, esperar tanto tempo?
Tese 2Foi amplamente divulgado que a IURD tem 8 milhões de seguidores, que se multiplicam por mais outros milhões por meio de familiares e conhecidos. Talvez aí esteja o “x” da questão: imagine, bispo, a IURD apoiando a Dilma Roussef… Na cabeça do grupo formado pela Globo, “Veja”, “Folha de S. Paulo” e PSDB, isso pode ser um fator decisivo nas eleições do próximo ano.
Tese 3Permita-me fazer uma cronologia dos fatos futuros: a denúncia contra a Igreja, que já poderia ter sido entregue à Justiça há mais tempo devido à repetição das acusações, foi estranhamente preservada pelo MP e o PSDB para um ano antes de uma eleição que será decisiva para esses veículos de comunicação. Não há nada estranho nisso?
Bispo, imagine a seguinte situação: em novembro, o Ministério Público chama um dos réus da IURD para depor. Em março, o vice-presidente da Record, Honorilton Gonçalves, e, em agosto, às vésperas da eleição, o senhor, que eles chamam de “chefe da quadrilha”.
Já consigo vê-lo entrando na 9ª Vara Criminal, aquela mesma da ex-mulher do promotor, com todo o circo armado: repórteres, cinegrafistas e fotógrafos espalhados por todo o lado e o senhor, o “chefe da quadrilha”, como principal alvo dos ataques da Globo, “Veja” e “Folha de S. Paulo”. Isso sem considerar a possibilidade de algum juiz expedir antes um pedido de prisão provisória.
ConclusãoOs barões da comunicação morrem de medo que o senhor apoie a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e ela vire presidente. Eles querem atrapalhar essa parceria. O motivo? Eles, principalmente as Organizações Globo, vão ficar quatro ou até oito anos fora do poder e, com certeza, quebrariam. Acredito ainda mais nisso, depois de ver no “Repórter Record”, a queda contínua de audiência da “Vênus Platinada” e o crescimento impressionante da Record nos últimos cinco anos.
Bispo Macedo, como o senhor tem dito, não podemos ter medo de nada.Se Deus é por nós, quem será contra?
David de Paula

quarta-feira, 19 de agosto de 2009


Garoto Esperto...

Era um domingo de muito sol. Calor intenso em Santarém, cidade interiorana paraense, onde eu morava havia pouco mais de quatro anos. Era repórter do Sistema Tapajós de Comunicação (TV Tapajós) e do jornal O Impacto. Também já estava contratado como redator e editor-chefe da revista Manchetes, com sede na Mendonça Furtado, ali pertinho da Silvino Pinto.
Neste domingo de muito sol, fiquei na redação da revista por longos quarenta minutos para fechar algumas páginas. Estava ansioso por dar um passeio na orla, espairecer um pouco, respirar o gostoso e puro ar do Tapajós. Saí por volta das 16h30, mas, antes de ir à orla, passei num mercantil, comprei um maço de cigarros e peguei o troco em pirulitos, três para ser exato.
Legal quando cheguei à orla. Várias pessoas pescando com vara, pegando charutos, pacus e acará-tingas. Fiquei por lá, apreciando a destreza de uns pescadores e os vacilos de outros, coitados que não conseguiam pegar nem gripe.
Passando por um dos bancos, vi duas crianças sentadas e ofereci os pirulitos a elas. Com o consentimento do pai, a quem eu conhecia, as crianças pegaram os dois pirulitos, enquanto eu fiquei com o último no bolso da bermuda. Ah, eu estava de camisa gola pólo, bermuda jeans e um sapato baixo, deste tipo esporte, meio despojado mesmo. Despedi-me da pequena família e me retirei, ficando recostado ao corrimão do passeio da orla, quando chegou a mim um rapazinho com uma caixa de engraxate às costas.
- Vai uma graxa aí, tio? Um real...!
- Não, filho, obrigado.
- Só uma graxinha, tio. Cinquenta centavos...
- Deixa pra outra vez, filho. Estou sem moeda.
- E o que é isso no seu bolso?
O rapazinho observou o pequeno volume no meu bolso e sua curiosidade se elevou. “É um pirulito, rapaz”.
- E pra quê que o senhor quer um pirulito?
Tive que criar uma desculpa qualquer naquele momento, para não ser arredio com a criança. “É que eu sou fumante, entende? Eu fumo. Mas estou tentando parar. Então, quando me vem a vontade, eu coloco o pirulito na boca e esqueço o cigarro”...
- Ah, tá. O senhor sabia que eu também fumo?
Espantei-me com isso. E perguntei ao jovem com que idade ele estava. “Doze anos, por quê?”.
- Rapaz, você, com doze anos, já fuma?
Então, ele tascou: “Sim, senhor, eu fumo. Mas eu também quero parar de fumar. O senhor me dá o pirulito?”
Olhei pro molecote, dei um sorriso e entreguei-lhe o pirulito. Ele mereceu!!!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Cunhado de PM


Você gosta de crônicas...?!
Escrevi algumas, mas, por enquanto, elas devem estar perdidas em alguma pasta que eu crio e esqueço onde as deixo...
Mas tem um lance legal. Essa eu criei por acaso... e não queira saber onde eu estava quando a criei...
Saca só...
Você já viu tipo mais curioso, inconveniente e intransigente do que...

...Cunhado de PM?!

O cunhado de PM é o máximo do enchimento de saco!
O cara sempre marca alguma coisa, apostando no cunhado.
Sempre garante alguma coisa, apostando no cunhado.
Sempre se acha o máximo... por conta do cunhado!
Cunhado de PM chega a ser folclórico, hilário... e torra a paciência de qualquer um.

Tenho um amigo que, por coincidência, é cunhado de PM.
Em todas as conversas dele, sempre entra o ‘meu cunhado’.
‘Meu cunhado é isso’, ‘meu cunhado é aquilo’, ‘o meu cunhado resolve’...

Na verdade, o cunhado de PM não resolve p.n., mas ‘o cunhado dele resolve’!
Ele não recua diante de nada. Ele não se assusta, não tem medo e sempre ‘acredita’ que tem dinheiro no bolso, moral em todo canto, ‘pega’ qualquer mulé que achar gostosa e...
...normalmente, ainda acha umas ‘burronas’ que vão na lábia do cara!

Se você conhece algum cunhado de PM, verifique se estou agindo com discriminação e me diga. Se me convencer que eu tô errado, juro que não escrevo mais coisas desse tipo...

Mas, se você me escrever e disser que conhece um cunhado de PM que não é nada do que eu digo aqui, veja por alguns ângulos...:
Ele é evangélico?
Ele é abstêmio?
Ele é ‘biba’...?
Ele já morreu?
Ele só inventa que é cunhado de PM?

Se é a última alternativa, pode ter certeza de que esse é o pior que existe.
Não existe nada mais curioso, inconveniente, intransigente e ‘caçador de conversa’ do que...
...o cara que inventa que é cunhado de PM!
Agora, me ocorreu uma outra situação... Caí em mim e concluí que existe um treco pior do que cunhado de PM... é aquela molecota que se acha lindíssima, anda com tudo o que não presta, dá pra tudo que é 'boyzin'... e ainda INVENTA PRA TODO MUNDO QUE É CUNHADA ou PARENTE DE PM... Essa, ninguém merece!